Janeiro Verde: Mês de combate ao Câncer de Colo do Útero - Se conheça, se ame e se cuide
Existem vários tipos de câncer que podem vir a surgir em diferentes partes do corpo, porém, alguns deles são mais comuns em mulheres, que devem se atentar aos sinais, sintomas e sua prevenção.
Como forma de conscientizar a população acerca desse assunto, a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), criou uma cor para cada tipo de tumor, dessa forma, a cada mês existe uma campanha de conscientização para algum tipo de câncer, e assim nasceu o Janeiro Verde, que visa conscientizar acerca da prevenção do câncer de colo do útero.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero está entre os três cânceres malignos mais frequentes entre as mulheres - atrás apenas do de mama e colorretal, além de ser a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Um levantamento feito pelo instituto, apontou que a cada ano do triênio 2020/2022, são diagnosticados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres.
Estima-se que no Brasil, mais de 16 mil mulheres receberão o diagnóstico de câncer de colo do útero e haverá mais de 5 mil mortes, um número que poderia ser evitado ao fazer periodicamente o exame ginecológico (papanicolaou), pois após um diagnóstico precoce, as chances de cura são altíssimas e o tratamento é simples e fácil.
Em entrevista ao Jornal da Câmara de São Paulo, o oncologista e diretor do Instituto Paulista de Cancerologia, Hezio Jadir Fernandes Júnior, falou sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, pois um estudo apontou que 80% das pacientes com câncer de colo do útero foram diagnosticadas já em fase avançada.
“As mulheres só desenvolvem os sintomas quando já estão em fase avançada, e o que nós queremos é encontrar esses tumores em fases mais precoces possível, onde os sintomas praticamente não existem, assim as chances beiram os 100%.” afirma Dr. Hezio.
Sabendo da importância da prevenção, como fazer isso da melhor maneira?
O primeiro passo para prevenção contra o câncer de colo do útero está relacionado a diminuição do risco de contágio com o vírus que infecta a pele ou mucosas, o HPV, e para se proteger do Papilomavírus humano (HPV), é recomendado:
I. Tomar a vacina do HPV disponibilizada pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações)
II. Usar camisinha em todo contato íntimo, mesmo que a pessoa não tenha rugas visíveis
III. Não compartilhar roupa íntima que não tenha sido lavada e toalhas de banho
IV. Optar pela cesária, se as feridas puderem ser vistas à olho nu no final da gestação
Outro passo fundamental, é a realização do exame citopatológico de colo uterino, conhecido também como papanicolaou, um exame preventivo que rastreia e detecta alterações nas células do colo do útero.
De acordo com o INCA, existem alguns fatores de risco que afetam a chance de contrair uma doença. Para o câncer de colo do útero, alguns fatores são:
I. Tabagismo
II. Imunossupressão
II. Infecção pelo HPV
IV. 3 ou mais gestações
V. Infecção por clamídia
VI. Pílulas anticoncepcionais
VII. Idade, situação econômica e dietas
VIII. Se tornar sexualmente ativo muito cedo e obter muitos parceiros sexuais
É necessário ficar atento aos sinais, pois a maior parte das mulheres com câncer de colo do útero na fase inicial não apresenta sintomas. Em fases mais avançadas, alguns dos sintomas são:
I. Sangramentos
II. Urina com sangue
III. Dificuldade para urinar
IV. Dor contínua na região pélvica
V. Formigamento e inchaço nas pernas
VI. Obstrução da bexiga e do intestino baixo
VII. Dificuldade para evacuar e sangramento
VIII. Corrimentos vaginais com coloração e odor
IX. Dores: na relação sexual, baixo ventre, dor em repouso e nas costas
Com que frequência o exame Papanicolaou deve ser feito, e quem deve fazê-lo?
Os dois primeiros exames devem ser realizados uma vez por ano, e se o resultado de ambos for negativo, o próximo pode ser feito três anos depois do último resultado. Em casos de um resultado anormal, o indicado é fazer o exame semestralmente ou até mesmo ser encaminhada para a realização de um exame mais elaborado, como a colposcopia.
Em geral, os médicos recomendam que o exame seja feito por mulheres entre 25 e 64 anos de idade com vida sexual ativa.
GynoPrep e seu método inovador
Antes as coletas eram feitas de modo convencional, no método chamado esfregaço, onde as amostras eram coletadas e colocadas diretamente nas lâminas, porém, nesse método, o número de amostras insatisfatórias e recoletas eram maiores. Com o método de Citologia em meio líquido - GynoPrep, o número de amostras insatisfatórias são reduzidas significativamente, pois o líquido GynoPrep, é uma solução conservante completa, capaz de preservar as células e garantir que 100% da amostra coletada seja enviada ao laboratório para análise e processamento.
A seguir, foto demonstrativa de uma coleta feita através do método esfregaço, onde as amostras eram coletadas e colocadas diretamente nas lâminas:
Agora, com o método de citologia em meio líquido - GynoPrep, há uma maior qualidade na coleta das amostras e laudos mais assertivos. A seguir, foto demonstrativa de uma coleta de amostras usando citologia em meio líquido - GynoPrep:
Como funciona o processo de coleta do GynoPrep?
I. Etiquetagem, onde há a identificação da amostra e das lâminas convencionais
II. No passo 2, acontece o posicionamento das amostras e lâminas 1A e 1B nos respectivos orifícios A e B no Vórtex, onde acontece a homogeneização por 20 segundos
III. Insira os filtros duplos no GP-1000 e derrame as amostras nos filtros, despejando de 1 a 3 ml. Processe até 100 lâminas por hora e duas lâminas em menos de 1 minuto!
IV. Os filtros são responsáveis por reter todo muco, sangue e outros componente que não interessam ao exame e através da membrana, imprimir as amostras nas lâminas sem falhas, logo após, as lâminas estão prontas para análise
V. Para finalizar, as lâminas vão para secagem em temperatura ambiente sem álcool
Apresentando as nossas novidades - GynoPrep
Nos últimos meses, o método GynoPrep passou por algumas mudanças, foram elas:
I. Novo frasco - O frasco novo contém a logo em relevo na tampa, e relevos internos que ajudam as células a se desprenderem da escovinha
II. Frascos personalizados - Agora nossos clientes podem personalizar os frascos com suas logos e cores
III. Frascos para coletas não ginecológicas - Agora os frascos vem com rótulos em cores diferentes, que indicam (não ginecológica)
Mulheres que venceram
Receber um diagnóstico de câncer não é fácil, no entanto, ouvir e ler relatos de mulheres que foram curadas da doença, ajuda as pacientes a manter as esperanças em todo processo do tratamento, até a cura. Nós, do Grupo Stra, fizemos questão de separar um depoimento de uma ex-paciente de câncer, a fim de reforçar que ninguém está sozinha nessa jornada.
Verônica C. de Assis Barcelos - Câncer de colo do útero
“Eu comecei a ter problemas, numa noite em que fui ter relação e tive uma hemorragia muito forte, eu fiquei desesperada.”
Segundo Verônica, da metade do tratamento em diante foi uma parte difícil, pois o corpo começou a ficar cansado em decorrência da Radioterapia e Quimioterapia, mas foi importante ver o apoio e o cuidado da família em pequenos detalhes do dia a dia, como por exemplo, em afazeres domésticos. No último dia da sessão de Verônica, a médica informou que não havia mais lesão e que estava tudo bem.
“Então, é doloroso sim, mas eu venci.” Diz Verônica em entrevista.
Tratamento
Após um diagnóstico de câncer de colo do útero, o médico responsável vai encaminhar a paciente para um tratamento indicado, levando em consideração o estágio do câncer e a idade do paciente. Assim, as opções de tratamento são:
Cirurgia: Costuma ser feita nos estágios iniciais do câncer. Assim, ela consiste na retirada do útero e de seu colo, da parte superior da vagina. Apesar de ser efetiva na maior parte dos casos, este procedimento impede que a paciente tenha uma gravidez posterior. Assim, a paciente deve conversar com o médico sobre sua decisão.
Radioterapia: Neste tipo de tratamento a paciente recebe raios precisos no local do tumor. Pode apresentar efeitos colaterais como: cansaço, coceira no local e reações na pele.
Quimioterapia: É um tratamento eficaz e utilizado nos estágios mais avançados do câncer, Neste caso, a paciente recebe medicamentos administrados por via intravenosa ou infusão na veia. Entre os efeitos colaterais estão: fadiga, perda de cabelo, hematomas, hemorragias e anemia.
Terapia Alvo: É o uso de medicamentos desenvolvidos especialmente para este tipo de câncer. Assim, este tratamento possui menos efeitos colaterais do que a quimioterapia convencional.
Imunoterapia: Este tratamento consiste no uso de remédios que estimulam o sistema imunológico de uma pessoa a reconhecer e destruir as células cancerígenas. Assim, entre os efeitos colaterais estão: náusea, dor de cabeça, erupção cutânea, perda de apetite, constipação, dores nas articulações e músculos e diarreia.
É importante entender que mesmo diante das desvantagens de cada tratamento, como por exemplo os efeitos colaterais, ou em outros tipos de câncer onde ocorre a perda da mama e do cabelo, cada método pode salvar vidas. Então, se previna e se cuide.